Caso a PEC dos Precatórios seja rejeitada no Congresso, o valor do Auxílio Brasil dificilmente chegará aos R$ 400 prometidos pelo presidente Jair Bolsonaro. O relator da MP (Medida Provisória) que cria o benefício, o deputado federal Marcelo Aro (PP-MG), disse nesta sexta-feira (26) que uma eventual derrota manteria o Auxílio em R$ 217, segundo o Uol.

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A promessa de Bolsonaro era subir o benefício para R$ 400 ainda neste ano e manter esse valor até o final de 2022, ano em que o presidente tentará a reeleição.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios já passou na Câmara e agora tramita no Senado, com a leitura na CCJ do texto do relator e líder do governo Fernando Bezerra (MDB-PE).

Um pedido de vistas coletivo, no entanto, levou ao adiamento da votação para a terça-feira (30), conforme destaca a Folha de S.Paulo. Se o texto for barrado, o deputado diz que o governo terá que arrumar outra maneira de bancar a promessa de liberar R$ 400 para as famílias.

Vale lembrar que o Auxílio Brasil substitui o Bolsa Família, extinto após 18 anos de programa. Em média, o valor do Bolsa Família era de R$ 190. O texto da PEC abre espaço fiscal de R$ 106 bilhões para o governo no orçamento do ano que vem e, se aprovado, poderia elevar o valor do Auxílio Brasil para R$ 400.

Segundo o deputado, há a garantia de pagamento permanente de R$ 217 para o Auxílio Brasil após a indexação do valor destinado ao Bolsa Família e cobra do presidente solução para aumentar o benefício para R$ 400, caso a PEC não seja aprovada pelo Congresso.