Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas disse nesta quinta-feira (28) que pode negociar a Coronavac com estados e municípios se o governo federal não manifestar interesse na compra de 54 milhões de doses que estão disponíveis. A pressão surge um dia após Covas indicar que essas doses poderiam ser exportadas para outros países.

Em entrevista à Globonews, Dimas Covas disse que os estados estão interessados na vacina chinesa e que, se não houver uma “incorporação pelo Ministério da Saúde”, a demanda de outros locais será atendida pelo Instituto.

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Até o momento, o Ministério já fechou acordo por 46 milhões de doses, mas o contrato estende a possibilidade de adquirir as 54 milhões de doses adicionais.

“Nós estamos pressionados pela demanda por vacina, existe essa demanda no mundo todo. Muitos países estão solicitando da nossa parceira Sinovac a assinatura de contrato de fornecimento. É necessário que o ministério se pronuncie, porque nós estamos no fim de janeiro e essa produção estaria prevista para início em abril. Portanto, não haverá tempo para negociarmos com a nossa parceria em relação à matéria-prima se não houver essa manifestação”, indicou Dimas Covas.

Mais cedo, em entrevista à CBN, o Secretário-executivo do Ministério, Élcio Franco, disse que a pasta possui preferência na compra das doses e que pode adquiri-las até maio.