A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) ingressou no último sábado (12) com uma Ação Civil Pública no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) contra a Petrobras. O processo pede a suspensão da política de Paridade de Preços Internacionais (PPI), que equipara o preço dos combustíveis ao valor do barril internacional da petróleo.

O pedido foi feito na esteira dos aumentos anunciados pela estatal na última quinta-feira (10): gasolina (18,8%), diesel (24,9%) e gás de cozinha (16%).

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A informação foi divulgada pelo presidente da entidade de caminhoneiros, Wallace Landim “Chorão”, um dos líderes da greve da categoria em 2018.

“A Abrava entende que cada aumento da Peterobras estrangula os brasileiros, pois a consequência direta é o aumento dos preços dos alimentos, remédios, etc. Não somos contra a Petrobras ter lucro, o que não aceitamos é que ela tenha um lucro de 1400% em detrimento do sofrimento dos brasileiros, e principalmente daqueles que trabalham com o transporte”, diz nota divulgada pela Abrava.

“Nosso pedido é pela suspensão da Política de Paridade de Preço Internacional – PPI que deixa toda a sociedade refém do mercado internacional, pagando pelo barril de petróleo mais de US$ 105,00 (preço atual) enquanto o custo para a Petrobras de produção é de aproximadamente US$ 20,00”.

As associações e confederações que agregam caminhoneiros não são unânimes em relação a uma paralisação. Buscam, em primeiro lugar, renegociar os contratos para repassar o valor do aumento dos combustíveis aos fretes. Embora uma greve não esteja completamente descartada, ainda não há uma unidade coletiva pela paralisação.