A polêmica escultura do touro dourado, instalada em frente ao prédio da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, pode ser removida. Urbanistas argumentam que a instalação da obra precisa de uma série de autorizações.

“Independente da autorização da Subprefeitura e do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), existe uma série de licenças que precisam ser solicitadas nesses casos. A autorização da CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana) é uma delas. A Comissão tem poder de veto, e o touro não poderia ter sido instalado sem essa autorização. Nós entendemos que a estátua está irregular e precisa ser retirada e multada até que o devido aval seja dado pela CPPU”, disse ao portal G1 o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Fernando Túlio Rocha Franco.

A instalação da estátua não foi submetida à CPPU, órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) que regula e autoriza a implantação de esculturas, estátuas e mobiliário urbano temporários na capital paulista.

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O colegiado, composto por representantes da sociedade civil, empresários e membros da gestão municipal, é a instância máxima que analisa a instalação de elementos na paisagem urbana da cidade, adequando-os à Lei Cidade Limpa.

A B3 informou ao portal G1 que tem as autorizações da Subprefeitura da Sé e do DPH, da Secretaria Municipal da Cultura para exposição da obra como evento temporário.

Os urbanistas alegam que o Touro de Ouro não é um evento temporário e tem todas as características de uma estátua ou monumento.

A prefeitura informou que na sexta-feira (19) a empresa DMAISB Arquitetura e Construção fez um pedido de apreciação da CPPU, que será analisado na próxima reunião do colegiado, ainda sem data marcada.