A Couche-Tard, uma das maiores empresas do Canadá, foi rejeitada pela rede francesa de supermercados Carrefour após uma oferta de 16,2 bilhões de euros (R$ 103 bilhões no câmbio de hoje, 18). A classe empresarial da França acredita que o governo agiu decisivamente para eliminar a chance de um acordo, apesar de sempre incentivar investimentos de multinacionais no País.

De acordo com matéria do Financial Times, apenas 24 horas depois de as empresas revelarem que estavam em negociações, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, declarou sua oposição, chamando o Carrefour de “um elo fundamental da cadeia que garante a segurança alimentar do povo francês”.

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A companhia canadense, que vale mais de R$ 174 bilhões, opera lojas de conveniência e postos de gasolina na América do Norte e na Europa. Agora, a Couche-Tard está procurando outras redes para comprar. A empresa afirmou que há um conjunto “robusto” de outras aquisições a serem examinadas, enquanto persegue a meta de cinco anos de dobrar o lucro até 2023.

A saga também reacendeu o debate sobre se a França está tão aberta aos negócios quanto o seu presidente, Emmanuel Macron, prometeu. Ao rotular uma aquisição da Couche-Tard como um risco para a “soberania alimentar” da França, alguns executivos e banqueiros temem que o governo tenha causado danos duradouros à sua capacidade de atrair investidores estrangeiros.