Menos de quatro horas depois do presidente Michel Temer (MDB) assinar o decreto que instituiu a intervenção federal no Estado do Rio e transferiu ao general Walter Souza Braga Netto o comando da segurança pública no Estado, o secretário estadual de Segurança do Rio, Roberto Sá, pediu exoneração do cargo. Ele protocolou o pedido às 17h desta sexta-feira, 16, perante a Secretaria de Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, segundo a pasta da Segurança, que divulgou nota no Twitter. Até 18h30, o governo do Estado não havia se manifestado sobre o pedido.

Junto com o comandante da Polícia Militar, Wolney Dias, e representantes dos bombeiros e da secretaria estadual de Administração Penitenciária, Sá se reuniu com o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) e havia colocado seu cargo à disposição.

“Fui o criador do RAS (Regime Adicional de Serviço), do sistema de metas, das RISP (Regiões Integradas de Segurança Pública) e um dos precursores das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Só que acabou o dinheiro e a gente continuou até porque o Rio merecia. Essa necessidade de, no momento mais crítico da história do país e do Rio de Janeiro financeiramente, evitar o mal maior, o que foi evitado: greves foram evitadas, caos maiores foram evitados, para agora poder fazer uma transição e passar para um momento de melhora”, afirmou o Roberto Sá ao jornal RJTV1, da TV Globo.