O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, desembarcou em Skopje para apoiar o “Sim” no referendo sobre a mudança de nome da Macedônia e contra-atacar o que chama de “campanha de influência” da Rússia.

Os macedônios devem decidir em 30 de setembro sobre a mudança de nome de Antiga República Iugoslava da Macedônia para Macedônia do Norte, no âmbito do acordo assinado em julho com a Grécia, o que prepara o caminho para que o país entre para a Otan e inicie negociações de adesão à União Europeia.

Aprovar a mudança de nome é “muito importante para aqueles cujas vidas podem mudar pelas oportunidades econômicas e de segurança dentro (…) de 30 nações democráticas”, declarou Mattis no avião.

“Não queremos que a Rússia faça lá o que fez em outros países”, completou, antes de afirmar não ter dúvidas sobre o financiamento russo a grupos políticos que se opõem ao referendo.

Mattis acrescentou, no entanto, que o voto “é uma decisão que pertence aos nossos amigos macedônios, e independente de sua escolha, a respeitaremos”.

Washington acusa Moscou, que se opõe a uma ampliação da Otan para o leste e até os Bálcãs, de organizar uma campanha de desinformação nas redes sociais.

Mattis se reunirá com sua colega Ludmila Sekerinska e o primeiro-ministro Zoran Zaev, que assinou o acordo com a Grécia. Também tem um encontro previsto com o presidente macedônio Gjorgje Ivanov, próximo à direita nacionalista e contrário ao acordo.

Em caso de vitória do “Sim” na consulta, a medida deverá ser validada pelo Parlamento com maioria de dois terços.