O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse que o governo brasileiro está “começando a se mover” e que os investidores podem ficar menos nervosos.

“Este é um governo que está começando a se mover, isso é muito importante. Para vocês que estavam nervosos em investir, eu estaria menos nervoso aqui no Brasil do que em alguns outros lugares”, disse, em seminário sobre infraestrutura em Brasília.

Depois de se reunir com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Godoy, Ross elogiou os planos do brasileiro para a área. “Fiquei muito impressionado com o nível de detalhe do plano do ministro Tarcísio e com o fato de que ele tem planos de muito curto prazo vindo por aí”, acrescentou.

Em um momento de aproximação entre os governos do Brasil e do Mercosul com os Estados Unidos, Ross disse que os EUA querem ser o “parceiro preferencial” para a região. Ele citou negociações em curso para questões como padronização técnicas e de regras aduaneiras. “Estamos tratando de facilitação de comércio para apressas a movimentação e liberação de bens”, acrescentou.

Ele afirmou que a América Latina tem cerca de 1.700 projetos de grande escala e que os governos da região estão cada vez mais buscando o setor privado para investimentos. “A participação dos EUA na infraestrutura foi limitada no passado, apesar do papel do país na região. Há uma desconexão.”

Entre os fatores que afastam as companhias norte-americanas da América Latina está a burocracia e a corrupção.

Memorando

Após a fala de Ross, EUA e Brasil assinaram um memorando de entendimento para facilitar negócios e investimentos. A assinatura, pelo lado norte-americano, coube à Overseas Private Investment Corporation (OPIC), agência de fomento de investimentos em mercados emergentes, e, pelo lado brasileiro, de representantes da secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

A intenção do memorando é facilitar e estimular negócios e investimentos dos Estados Unidos em projetos brasileiros.