Em tempos de incerteza na indústria da construção, com a liberação de parte do FGTS, o setor busca saídas para equilibrar suas receitas. Para o executivo Caio Calfat, ex-presidente do Secovi e atual presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (Adit Brasil), um dos caminhos é o segmento de multipropriedade. Embora não exista uma relação direta entre o FGTS e o mercado de casa de férias, a falta de dinheiro em circulação obriga empresas a criarem novas frentes de negócios. “Nos últimos seis anos, mesmo com a recessão, a multipropriedade viveu uma situação quase inexplicável, puxando o faturamento de empresas da construção e de turismo”, afirma Calfat. Neste ano, o setor de multipropriedade vai movimentar R$ 22,3 bilhões no Valor Geral de Vendas (VGV), segundo ele. O estudo da Adit indica que o mercado alcançou, em junho, 92 novos empreendimentos, crescimento de 15% em relação a 2018.

(Nota publicada na Edição 1132 da Revista Dinheiro)