Pesquisa global da consultoria e corretora de seguros Marsh acende sinal de alerta sobre empresas que se autodeclaram alinhadas aos princípios ESG. Somente 35% dos entrevistados consideram o risco ESG o mais importante para os negócios. Perdem para os tecnológicos (45%), regulatórios (43%) e pandêmicos (37%).

“A crise da Covid-19, o fechamento do Canal de Suez e os ataques cibernéticos expuseram as graves deficiências na preparação das organizações para gerenciar crises”, disse John Doyle, CEO da empresa, à DINHEIRO.

A dúvida sobre a legitimidade do discurso recai, principalmente, sobre aquelas que anunciam ousadas metas de descarbonização sem passos intermediários. Corrobora para a desconfiança o fato de que embora 85% dos executivos afirmem que as mudanças climáticas podem ameaçar o futuro das empresas, 45% dizem não ter processos para identificar e implementar estratégias de combate ao problema. Sem mensuração e controle, qualquer ação não passa de marketing.

Quem fugir do greenwashing, sairá ganhando. “As estratégias eficazes para construir empresas mais resilientes não só facilitarão a recuperação [econômica] mais rápida, mas também se tornarão uma vantagem competitiva”, afirmou Doyle.

Evandro Rodrigues

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1228 da Revista Dinheiro)