O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, considerou nesta sexta-feira que a segunda onda da pandemia de covid-19 já está bem clara na Europa e também deve ter efeitos nos Estados Unidos. “Não tenho a menor ideia do que vai acontecer no Brasil, em parte devido à questão do verão. Se a segunda onda chegar de forma relevante no Brasil terá efeitos importantes na política fiscal e na política monetária. Haverá motivação para mais auxílio emergencial agora que temos ainda mais questão fiscal”, alertou, em participação no evento Macro Vision 2020 organizado pelo banco Itaú.

+ BCE diz que política monetária dará mais apoio ante segunda onda da covid-19
+ Padrão da segunda onda da covid-19 nos EUA e Europa pode ditar rumo para o Brasil

Para o diretor, os impactos de uma segunda onda na Europa e nos EUA devem ser pequenos para o Brasil.

Ele lembrou que as políticas monetárias americana e europeia já estão com os juros no mínimo e sem perspectiva de alta pelos próximos anos. “Mais efeitos nessa direção vão utilizar outros instrumentos monetários – como quantitative easing – com poucos impactos para o Brasil”, completou.