O coordenador da Missão Belém, Márcio Antonio dos Santos, afirmou que muitos dos abrigados já chegam ao local muito doentes e observou que nem sempre é possível reverter seus problemas de saúde, embora grande parte das vítimas morassem no local há anos.

“Tem uns que sobrevivem e outros não conseguem. O que fazemos de melhor é não deixar ele morrer na rua, como indigente e sem nada. Mas se Deus decide levar, já não é problema nosso. Se Deus levou, não temos culpa”, disse.

O coordenador alegou que os efeitos do crack podem ser os responsáveis pelas mortes e não houve registro de intoxicação alimentar. “(As vítimas) estavam com problemas cardiovasculares, problemas ligados ao longo uso de bebida e outros”, diz ele. Ex-dependente químico, Santos atua hoje como missionário. Ele coordena a Missão Belém em Jarinu e também na capital.

A procurou o padre Gianpietro Carraro, fundador do grupo, mas o religioso respondeu por mensagem que não poderia dar entrevista por estar em missão no Haiti. A assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Paulo informou que a Missão Belém é independente juridicamente e, por isso, não irá se manifestar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.