Em abril de 2020, o Ministério da Saúde comprou 40 milhões de máscaras de proteção contra a covid-19 do tipo KN95. O valor total do contrato teria sido US$ 14,8 milhões, ou 29%, maior do que o encontrado no mercado, de acordo com uma matéria feita pelo colunista Thiago Herdy, do Uol.

A denúncia mostra que os equipamentos foram comprados por US$ 66 milhões, equivalente a US$ 1,65 por unidade. No entanto as máscaras, destinadas a profissionais da saúde da linha de frente, foram vendidas, no mesmo período, a uma empresa privada por US$ 1,28 por máscara.

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Se o governo brasileiro tivesse pagado o mesmo preço por unidade, o gasto total seria de US$ 51,2 milhões. As máscaras foram vendidas pela 356 Distribuidora, do empresário Fraddy Rabbat. Questionado pela reportagem, ele não explicou por que não ofertou o mesmo preço ao governo brasileiro. O Ministério da Saúde também não se pronunciou.

Ontem (19), uma matéria do Estado de S. Paulo também apontou uma suposta irregularidade no contrato de distribuição das vacinas da covid-19. O contrato, firmado entre o Ministério da Saúde e o grupo Voetur, proprietário da VTCLog, teria um superfaturamento de R$ 16 milhões.