O satélite militar que o Irã colocou em órbita na semana passada não representa uma ameaça para os Estados Unidos e é o equivalente a “uma webcam no espaço” – minimizou o chefe do Comando Espacial do Pentágono, general Jay Raymond.

“O Irã afirma que tem capacidade de capturar imagens”, tuitou o general Raymond, no domingo, mas, segundo ele, é improvável que o satélite forneça informações.

O general descreveu o dispositivo como uma “webcam no espaço” e, no tuíte, adicionou a hashtag “#spaceishard” (#espaçoéduro).

Apelidado de Nour, o satélite da República Islâmica foi lançado em órbita em 22 de abril, em meio a crescentes tensões entre o Irã e os Estados Unidos.

Ainda conforme o general Raymond, é composto pela união de três volumes de até 1,3 quilo cada. O governo dos Estados Unidos alertou, no entanto, que essa conquista representa um avanço significativo na capacidade dos mísseis iranianos e, portanto, uma ameaça maior às forças americanas e a seus aliados no Oriente Médio.

Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou o Irã de violar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que impede Teerã de realizar atividades com foguetes com capacidade nuclear.

No sábado, Pompeo também pediu às Nações Unidas para que seja prorrogado o embargo às armas convencionais que pesa sobre o Irã, prevista para terminar em outubro. O secretário americano afirmou que Teerã “deve prestar contas”.