O presidente francês, Nicolas Sarkozy, aderiu nesta segunda-feira às posições da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a direção econômica da União Europeia durante o encontro que ambos tiveram em Berlim.

“Mais do que nunca, Alemanha e França estão decididas a falar em uníssono”, disse Sarkozy.

Em 7 de maio, a anulação no último minuto da visita de Sarkozy a Berlim, a pedido do governo alemão, gerou especulações sobre um confronto nas relações entre França e Alemanha.

Merkel e Sarkozy defenderam diante da imprensa a criação de um “governo econômico dos 27” países membros da União Europeia, mas sem criar novas instituições, como queria a Alemanha.

Merkel considerou ser “muito importante enviar o sinal na Europa de que não se querem membros de primeiro e segundo plano” na UE.

O presidente francês considerou que a UE não tem necessidade de novas instituições para coordenar sua política econômica e deve “privilegiar o pragmatismo”, com reuniões de países da zona do euro “caso haja necessidade”.

O objetivo comum é atuar de forma “pragmática e operacional”, avaliaram Merkel e Sarkozy.

Ambos os dirigentes buscam, dessa forma, demonstrar que a parceria franco-alemã, cuja imagem foi afetada especialmente durante a crise grega, continua sendo o “motor da Europa”, que enfrenta a crise do euro, a alguns dias do próximo conselho europeu e de uma reunião do G20 em Toronto.

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