Dois anos atrás, a Saraiva era uma das maiores livrarias do País, com mais de cem lojas em todo o País. Agora, com uma dívida de pouco mais de R$ 595 milhões e em recuperação judicial, a empresa propõe o fechamento de 44 das 57 lojas abertas para abater parte do que deve na praça.

A readequação no plano de reestruturação será apresentada hoje (9) em assembleia com credores, grupo que reúne shoppings, editoras e o Banco do Brasil, segundo a revista Exame.

+ CEO da Saraiva pede demissão
+ Saraiva: plano de recuperação judicial é aprovado e será submetivo à homologação

A recuperação judicial previa o pagamento de apenas 5% da dívida ao longo de 15 anos, com a extensão de debêntures emitidas a partir do 16° ano após a homologação do plano, que aconteceu em 2019.

Afetada pelo coronavírus e com todas as lojas físicas fechadas entre março e abril, o resultado operacional da livraria no segundo trimestre mostrou a devassa nas contas e a impossibilidade de pagar dívidas: as receitas brutas despencaram 83% na comparação com o mesmo período de 2019 e chegaram a R$ 28 milhões.

Agora, a ideia é levar essas lojas abertas a leilão e reduzir a operação. São pontos considerados como atrativos no mercado, sobretudo nos grandes shoppings de São Paulo, como o Morumbi e Pátio Paulista.

Se a proposta não for aceita pelos credores, a livraria poderá decretar falência nos próximos meses. Quem assumir essas lojas terá controle sobre funcionários, estoque de livros e contratos de locação dos espaços.