A crise do mercado editorial está atingindo estado crítico nas últimas semanas após pedido de recuperação judicial da Livraria Cultura e saída da Fnac no país. Já a Saraiva, outro grande player do mercado, enfrenta crise há anos, e se tornou tópico principal das conversas de editoras, que se unem para salvar a empresa que é “grande demais para quebrar“.

Porém os esforços terão de ser ainda maiores após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da Saraiva. O relatório mostra que na comparação ao mesmo período do ano anterior, a queda da receita bruta foi de 19,4%. A queda de receita liquida foi de 17,1%.

“A nossa proposta de geração de valor tem por premissa a estratégia omnichannel, então passa a fazer cada vez mais sentido analisar o resultado de vendas de forma agregada, consolidando os canais de lojas físicas e E-commerce”, explica a Saraiva em apresentação. Eles ainda ressaltam o sistema click & collect, responsável por 18,4% dos pedidos do site no terceiro trimestre de 2018. Apesar disso, o e-commerce da marca teve queda maior de vendas em comparação as lojas físicas (queda de 26,1% ante queda de 15,2%).

A queda nas receitas afetou o lucro da empresa que fechou com prejuízo líquido de R$ 66,6 milhões. Essa cifra está perto do dobro da apurada no terceiro trimestre do ano passado.

Como maneira de cortar custos e focar os esforços, a Saraiva voltou a confirmar no relatório o fechamento de 11 unidades da livraria e o fim das 8 unidades da iTowns, como parte da saída do grupo no mundo dos eletrônicos, além do corte de 700 funcionários. As medidas confirmam a tendência da Saraiva de reduzir seus custos operacionais, que no relatório mostrou queda de 11,7%.