Nesta quinta-feira (16/1) começa o pagamento de abono salarial dos programas PIS/PASEP referentes ao período 2019/2020. O saque vai beneficiar as pessoas nascidas em janeiro e fevereiro que ganham até um salário mínimo (R$ 1.039).

Para receber o benefício é necessário estar inscrito no PIS/PASEP há cinco anos e ter trabalhado no mínimo 30 dias em 2018, recebendo até dois salários mínimos por mês.

Como funciona?

Para funcionários da iniciativa privada é possível fazer o saque pela Caixa. Existe um calendário segundo o mês de nascimento do trabalhador. Os pagamentos do abono salarial começaram em 2019 pelos nascidos em julho e devem concluir em 30 de junho de 2020.

Já para os funcionários públicos inscritos no PASEP, os pagamentos serão feitos no Banco do Brasil (BB) de acordo com o número de inscrição.  Quem tiver o número de inscrição com final 0 serão os primeiros a receber.

Os servidores públicos podem fazer os saques em agências do BB, apresentando documento de identidade. Para os que são correntistas ou poupadores do banco, o crédito será transferido na conta em até três dias antes da data estipulada no calendário. Confira no gráfico:

O valor do abono salarial será proporcional ao tempo de serviço considerando um período de doze meses. Desta forma, quem trabalhou 1 mês pode receber R$ 87 e quem trabalho o ano inteiro R$ 1.039.

Já o saque do abono salarial PIS/PASEP do ano 2018 deve ficar disponível até 30 de junho de 2020. Após este período os trabalhadores perdem o direito ao saque.

Impactos reais

Para o economista da Associação Comercial de São Paulo, Ulisses Ruiz de Gamboa, o pagamento do abono salarial PIS/PASEP assim como os saques do FGTS ajudaram em 2019 a injetar recursos na economia, o que implicou uma folga no sistema, porém ele não encontra alterações significativas na economia fruto destes programas.

“Precisamos lembrar que a maioria destes recursos do PIS/PASEP vai ser destinado a pagamento de dívidas, então não é um recurso que deve ser consumido inteiramente.  De qualquer forma, isso pode estimular os serviços, o comércio é auxiliar no aumento da renda das famílias em um cenário de fraqueza do mercado de trabalho”, explica.

Segundo Gamboa, em 2020 a economia ainda vai depender do consumo das famílias, por este motivo o abono salarial do PIS/PASEP se torna um bom paliativo.  O economista acredita que o financiamento de veículos e eletroeletrônicos devem pegar carona nessa movimentação de recursos.

Contudo, ele lembra que o Brasil precisa de uma intervenção maior para retomar o crescimento. “Abono salarial é uma medida positiva para estimulo no fator gasto, mas as reformas estruturais são urgentes para garantir a resposta rápida que todos esperamos”, conclui.