O estado de São Paulo se manteve este ano na primeira posição do ranking de competitividade dos estados. O levantamento, feito pelo Centro de Liderança Pública, em parceria com a Economist Intelligence Group e Tendências Consultoria, avalia a qualidade da administração, as melhores práticas e o desenvolvimento econômico dos governos estaduais.

Foram avaliados 66 indicadores distribuídos em dez pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.

O estado de São Paulo obteve a melhor colocação em toda a série histórica do levantamento, que está na sexta edição. O estado liderou, este ano, nos itens infraestrutura, educação, inovação e potencial de mercado. E registrou a segunda posição em segurança, sustentabilidade social e eficiência da máquina pública. Em capital humano, houve queda da terceira para a quinta posição e, em solidez fiscal, retrocedeu da 15ª para a 21ª posição.

Sobre a questão fiscal, o governador Geraldo Alckmin reconhece que é preciso melhorar a eficiência do gasto público. “A questão do ajuste fiscal não é economicista, ela é social. Sem resolvê-la, o país não cresce, não tem emprego, saúde, educação. É importante a gente conscientizar que responsabilidade fiscal é necessária para emprego, renda e boas políticas públicas”, declarou.

Santa Catarina

Em segundo lugar, o estado de Santa Catarina surpreendeu com o avanço em relação a 2016, quando havia ficado em terceiro lugar. A melhora é atribuída a vários itens, como segurança pública (passou de 4º para 1º colocado), solidez fiscal (de 10º para 7º), capital humano (de 6º para 3º), infraestrutura (de 4º para 3º) e potencial de mercado (de 19º para 10º). Por outro lado, retrocedeu em sustentabilidade ambiental, caindo do 9º para o 11º.

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, avalia que o resultado mostra superação do estado diante da forte crise. “Nós éramos [em anos anteriores] o sétimo, o sexto e conseguimos chegar em segundo. Isso mostra o desenvolvimento do nosso estado, da nossa gente, a luta de todos os catarinenses”.

O Paraná caiu da segunda para a terceira posição, devido o recuo na segurança pública (da 1ª para a 4ª colocação), sustentabilidade social (da 3ª para a 5ª colocação), solidez fiscal (da 5ª para a 12ª), educação (da 4ª para a 6ª) e eficiência da máquina pública (da 3ª para a 6ª). Houve melhora de capital humano (de 9º para 7º) e infraestrutura (de 5º para 2º).

Destaques

Rondônia, um dos grandes destaques, foi menos afetado pela crise econômica e registrou melhora em solidez fiscal, passando do 20o lugar para o 4o nesse quesito. No ranking geral, subiu de 22o para 17o. O Acre também se mostrou relevante, passando da 25a posição para 19a.

A Paraíba avançou cinco posições, subindo de 15o para 10o. O estado lidera o ranking dentro da região Nordeste, por ter conquistado a quarta posição em infraestrutura, 14o em educação e 13o em segurança pública.

Piores resultados

Sergipe caiu na penúltima para a última colocação do ranking geral. Em penúltimo, este ano, ficou o Amapá, queda relevante já que estava na 16a posição no ano passado. Alagoas vinha como o último colocado nas duas últimas edições do ranking, mas subiu três posições, com as melhoras em solidez fiscal, potencial de mercado e capital humano e segurança pública.