O lucro atribuível do Grupo Santander no primeiro trimestre do ano somou 331 milhões de euros, conforme informou há pouco o conglomerado espanhol. O resultado representa uma queda de 82% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já o lucro subjacente do primeiro trimestre foi de 1,977 bilhão de euros, um aumento de 8% em relação a janeiro a março de 2019, considerando a moeda constante. Com a flutuação cambial, a elevação foi de 1% no período. Segundo o comunicado, o resultado foi impulsionado pelo crescimento do lucro na maioria dos mercados das Américas e uma expansão do volume de clientes e grande parte dele não foi atingida pelo surto de coronavírus. “A pandemia afetou o negócio por apenas um curto período em março”, considerou o banco no comunicado.

Mais uma vez, o grupo atribui um bom resultado em meio à crise a sua diversificação. Conforme o Santander, o lucro subjacente da América do Norte avançou 34% no período e o da América do Sul, 15% – considerando o euro constante. Esses resultados compensaram uma queda de 16% vista na Europa em função de uma menor receita líquida com juros, que localmente foi compensada em parte por menores custos.

O conglomerado também informou que seu índice de capital – a instituição faz parte do Grupo CET1 – foi de 11,58%. Segundo o banco, o porcentual está em linha com o trimestre anterior e também dentro da meta de 11% a 12%. O retorno sobre capital tangível da instituição (RoTE) ficou em 11,1%, que, segundo o banco, foi maior do que o da concorrência.

“A relação custo/lucro do Santander permaneceu entre os melhores de seus pares, em 47,2% (uma melhora de 44 pontos base em relação ao ano anterior), com as despesas operacionais em queda de 3% em termos reais (excluindo a inflação), uma vez que o banco alcançou mais de 100 milhões de euros em eficiência operacional na Europa”, destacou.