A infidelidade no setor bancário cresce como nunca no Brasil. Com a flexibilização das regras para portabilidade de empréstimos e recebimento de salários, a proliferação das fintechs – que oferecem contas sem tarifas – e o lançamento do sistema de transferências gratuitas PIX, os grandes bancos estão dançando miúdo para reter seus melhores clientes e garantir suas fontes de receita. No caso do Santander, a grande aposta está na Esfera, rede de benefícios para clientes que utilizam os cartões do banco. Na última semana, a empresa lançou o Clube Esfera, um programa de recompensas para os usuários que pagarem assinatura de R$ 27,90 a R$ 839,90 por mês para ganhar de 200 a 20 mil pontos, que podem ser utilizados para resgate de passagens aéreas, produtos e experiências. Atualmente, a Esfera possui 18,4 milhões de clientes cadastrados, número que tem potencial para se multiplicar nos próximos anos com a expansão dos serviços oferecidos, segundo a CEO da Esfera, Elaine Watanabe. “Nosso papel será trazer diferenciação para os clientes, com benefícios exclusivos”, afirmou a executiva. Outro grande desafio, segundo ela, é estar em sintonia com os consumidores em suas demandas e necessidades, que mudam com rapidez. Atualmente, apenas 10% dos resgates de pontos do programa são para passagens áreas, percentual que atingia 60% cerca de quatro anos atrás. “O perfil está mudando, até mesmo a velocidade de acúmulo de pontos com o dólar no preço que está. Por isso, estamos intensificando as promoções para compensar a questão cambial e oferecer vantagens melhores.”

(Nota publicada na edição 1196 da Revista Dinheiro)