Em prol da privacidade, San Francisco se torna a primeira cidade do mundo a banir o uso de tecnologias de reconhecimento facial. O texto foi escrito por Aaron Peskin e também determina que empresas deixem claro os métodos de vigilância que empregam em seus estabelecimentos, em ação inédita no âmbito das liberdades individuais em relação a tecnologias de controle e segurança.

A votação no conselho da cidade foi de 8 a 1, com uma abstenção e o voto contra sendo da supervisora Catherine Stefani, que vocalizou suas questões contra a medida. Ela levantou a questão de que ao abandonar um método de vigilância, investigadores e a polícia local perdem uma importante ferramenta para a solução de crimes. Ela também questiona que a necessidade de deixar claro os métodos de vigilância usados cria uma trabalho a mais para empresas. O departamento de polícia de San Francisco afirmou que serão necessários de dois a quatro funcionários para cumprir as novas regras. O aeroporto e porto da cidade seriam excluídos da legislação por se tratar de território de controle nacional.

A tecnologia de reconhecimento facial ainda é uma tecnologia em desenvolvimento e sujeita a erros, como um que gerou um processo bilionário contra a Apple. Por conta disso, San Francisco se adiantou a regular a nova tecnologia. Já o relator do texto, Peskin diz que a nova lei é uma afirmação da cidade de que ela pode ser segura sem ser vigilante.