A Samsung delineou nesta terça-feira, 24, um plano para investir mais de US$ 350 bilhões em seus negócios e criar dezenas de milhares de novos empregos nos próximos cinco anos. Apesar de um ambiente econômico incerto exacerbado por problemas de longa data na cadeia de suprimentos e pela guerra na Ucrânia, o conglomerado sul-coreano disse que investiria 450 trilhões de won (US$ 356 bilhões) até 2026, principalmente em negócios essenciais, como fabricação de chips e produtos biofarmacêuticos. Isso marca um salto de 30% em relação ao que gastou no período de cinco anos anterior.

A maior parte do investimento – US$ 285 bilhões – será investido na Coreia do Sul. A empresa não especificou onde o restante do financiamento seria alocado. O grupo também está embarcando em uma onda de contratações que criará 80.000 novos empregos até 2026, “ou cerca de 16.000 posições por ano”, disse em comunicado. Anteriormente, sua meta era gerar 40 mil empregos de 2021 a 2023.

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Espera-se que a maioria dos empregos seja na Coréia do Sul. Mas a gigante da tecnologia também possui centros de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo, inclusive no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Filipinas.

A Samsung é mais conhecida por sua divisão de eletrônicos, com seus populares smartphones e televisores. Nos últimos anos, a empresa se aprofundou ainda mais em seu papel de fornecedora de semicondutores, já que fabricantes em todo o mundo sofrem com a escassez.

Os chips de memória, que provaram ser um importante gerador de dinheiro para a Samsung, continuarão sendo uma área de foco com mais investimentos planejados, de acordo com a empresa.

Do lado do consumidor, a empresa planeja reforçar o desenvolvimento do 6G, a próxima geração de tecnologia de telecomunicações sem fio.

A notícia chega poucos dias depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, visitou uma fábrica de semicondutores da Samsung no início de uma visita à Ásia.

“Muito do futuro do mundo será escrito aqui, no Indo-Pacífico, nas próximas décadas”, disse Biden ao passar pela fábrica na Coreia do Sul.