Dois fenômenos explicam a expectativa de redução significativa em 2018 do saldo comercial do País. De um lado, as exportações devem ficar perto da estabilidade, com a acomodação nos preços das commodities e a menor safra agrícola. De outro, o aquecimento da economia deve dar força às importações.

Este é o cenário traçado por economistas para o desempenho da balança comercial este ano, quando o setor externo terá, conforme se espera, contribuição menor – em algumas previsões, até negativa – no crescimento da economia.Economistas consultados pelo Banco Central apostam em superávit comercial menor porque as exportações, com modesta alta de 1%, devem subir bem menos do que as importações, cujo crescimento esperado é de 9%.

Se essas contas do mercado estiverem certas, o saldo comercial somará US$ 52,5 bilhões em 2018. Mesmo com a queda de 21% em relação ao recorde de US$ 67 bilhões do ano passado, será o segundo maior valor da história.

Para o diretor presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima, a retomada do crescimento e consequente aumento das importações explicam a queda do saldo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.