Salários ficaram mais um ano sem ganhos reais, apontam pesquisas

Basta digitar o CPF ou o CNPJ e a data de nascimento para saber se existem saldos residuais a serem sacados (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)
A pesquisa Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), apontou que 2021 foi mais um ano em que o aumento de salários não superou a inflação do período.
A mediana dos reajustes ficou em -0,1% em 2021, contra 0% nos dois anos anteriores. Os números preliminares levantados pelo Departamento Intersindical de estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) vão no mesmo sentido, apontando que a variação real média em 2021 foi de -0,86%.
+IPCA-15 sobe 0,58% em janeiro, diz IBGE
De acordo com o coordenador da pesquisa, o professor Hélio Zylberstajn, por conta da inflação em alta no período, o resultado poderia ter sido até pior. “Nos outros anos, a inflação era mais baixa, mas em 2021 foi brutal. Levando isso em conta, não foi tão ruim quanto poderia ter sido”, disse à Folha de S.Paulo. Ele também acredita que as empresas não conseguiram repassar a inflação total do ano para produtos e serviços e, com isso, a situação dos trabalhadores ficou mais prejudicada.
Por conta da economia morna e da pandemia, o número de negociações que resultaram em ganhos reais também caiu muito. Em 2021 somente 18,6% das negociações salariais resultaram ganho para o trabalhador, contra quase 50% em 2019, antes da pandemia do coronavírus. Para o Dieese esses números são ainda menores: 15,6%
Outro fenômeno que vem acontecendo é o parcelamento dos reajustes por parte das empresas. “Isso quase não aparecia antes da pandemia e salta em alguns momentos, dependendo do número de categoriais que fecharam negociação. O reajuste vem pequeno e ainda é pago parcelado”, contou Zylberstajn. O Dieese disse que no mês de dezembro esses parcelamentos chegaram a 25% nas negociações ocorridas em dezembro.
Benefícios como o Vale Refeição e Vale Alimentação ficaram estáveis em 2021. O primeiro manteve a média de R$22 por dia. Já o segundo pulou de R$275 para R$280 por mês, variação de 1,8%.
O setor mais afetado foi o de serviços, com defasagem 38,9% em relação ao Índice de Preços ao Consumidor (INPC), que teve alta de 7,71% em 2021 e é o mais usado em negociações salariais.
Veja também
- + Veja os 8 sintomas da Ômicron em pessoas vacinadas
- + Bruna Lombardi posta foto seminua e reflete sobre intimidade
- + 7 dicas para aumentar a restituição do seu Imposto de Renda
- + Jovem é internado na UTI após desenvolver condição pulmonar rara ao se masturbar
- + Novo RG: quanto tempo você tem para providenciar o documento
- + 10 carros com tração dianteira divertidos de guiar
- + Filha de Ana Maria Braga exibe vida simples no interior de SP
- + Chay Suede vira piada nas redes sociais com foto de ‘feijoada gourmet’
- + Um gêmeo se tornou vegano, o outro comeu carne. Confira o resultado
- + Veja quais foram os carros mais roubados em SP
- + Agência dos EUA alerta: nunca lave carne de frango crua
Tópicos
crescimento econômico Dieese economia emprego emprego formal Fipe Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ganhos de salário 2021 inflação INPC pandemia poder de compra poder de compra brasileiro 2021 reforma trabalhista remuneração salário salário médio no Brasil salário mínimo trabalho USP valor do salário