Uma pesquisa da Royal Society for Public Halth, do Reino Unido, constatou que o Instagram é a rede social mais prejudicial à saúde mental dos usuários. A pesquisa constatou que as redes sociais são mais viciantes que o cigarro e o álcool e, entre elas, o Instagram é a que mais prejudica as pessoas, afetando a autoestima, a autoimagem, o sono e causando vários outros malefícios.

Não chega a ser tão surpreendente. O Instagram se tornou um local em que as pessoas buscam algo muito além de compartilhar suas vidas ou interagir. Deixou de ser um espaço para ver e ser visto. As pessoas querem impressionar e, dessa maneira, também são impressionadas.

O Insta virou palco de competição, verdadeiro vale tudo, onde é permitido inclusive inventar uma vida feliz, mas na qual a verdadeira felicidade muitas vezes é inexistente. E tudo isso para conseguir um like. Ou seja, admiração, aprovação e autoafirmação.

A rotina de seguir pessoas ou de postar seu suposto sucesso virou vicio, assim como o costume de comparar sua vida real com as vidas editadas no Instagram. O resultado disso é insegurança, baixa autoestima, tristeza profunda, sentimento de não realização e falta de foco na vida real. O que culmina inevitavelmente no campo profissional.

É muito importante lembrar que todos temos dificuldades, problemas e imperfeições que não são mostrados nas redes sociais. O que é postado no Instagram – ou Facebook, Twitter e qualquer outra rede – são fotos editadas e muitas vezes bem elaboradas para impressionar de alguma forma.

Adoro a frase que diz “Não compare seus bastidores com o palco de outra pessoa”. Você nunca sabe o que acontece por trás das câmeras! Muitas vezes você é mais feliz que a pessoa que tenta impressionar através de suas fotos. Por esse motivo a decisão recente de suprimir na time line o número de curtidas, decisão adotada recentemente pela plataforma, é uma boa notícia.

Adam Mosseri, CEO do Instagram, disse que eles não queriam que a plataforma fosse um local de competição. “Queremos que as pessoas se preocupem menos com os números de likes que elas estão recebendo e passem um pouco mais de tempo se conectando com as pessoas que importam para elas”.

Muitos dizem que esta preocupação com a saúde mental dos usuários não foi o principal motivo para o Instagram ocultar os likes das publicações e sim vários fatores que influenciam a área financeira da empresa. De qualquer forma, para você ou seus filhos não entrarem nessas estatísticas sugiro que observem quatro situações:

  1. a)Quanto tempo ficam nas redes sociais,
  2. b)Quanto comparam suas vidas com as das outras pessoas,
  3. c)Quanto ficam ocupados e preocupados em postar suas vidas nas redes,
  4. d)Se notam alguma alteração de humor por conta das redes sociais

Caso um desses quatro itens apareça isoladamente (ou de forma conjugada), mas com frequência, é bom repensar sua relação com as redes sociais. E limitar o tempo delas é um bom passo para restabelecer uma vida mais saudável. Tanto no campo familiar quanto no profissional.