Com a aprovação da vacina da Pfizer em outros países, o governo brasileiro começa a se movimentar para iniciar a campanha de vacinação ainda neste mês, caso a fabricante consiga entregar as 70 milhões de doses que fazem parte do termo de intenção de compra anunciado nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde. Além da vacina da Pfizer, o governo de São Paulo também já anunciou que começará a vacinação com a Coronavac, que vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, no dia 25 janeiro, aniversário da capital paulista.

As duas vacinas serão ministradas em duas doses. A da Pfizer tem que ser conservada em 70º negativos e, por isso, depende de um processo de logística mais complicado. O laboratório, no entanto, já anunciou que pode entregar as doses armazenadas em gelo seco, o que facilitaria a distribuição.

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No entanto, o governo federal ainda não divulgou um plano nacional de vacinação. Algumas propostas até foram anunciadas, mas um plano definitivo de como será feita a aplicação na população brasileira ainda está sendo elaborado. O ministro Eduardo Pazzuelo disse nesta quarta-feira (9) que se a Pfizer conseguir antecipar a entrega, a vacinação já começaria em dezembro.

Em São Paulo, a imunização ocorrerá em uma escala por faixa etária, privilegiando, inicialmente, os profissionais de saúde, quilombolas e indígenas. Esse grupo inicial tomará a primeira dose no dia 25 de janeiro e, a segunda, no dia 15 de fevereiro.

Logo em seguida, serão imunizados idosos com mais de 75 anos, cuja vacinação está prevista para os dias 8 de fevereiro e 1º de março. Idosos com idade entre 70 e 74 anos devem ser atendidos nos dias 15 de fevereiro e 8 de março. Nos dias 22 de fevereiro e 15 de março, serão vacinados idosos com idade entre 65 e 69 anos e, nos dias 1º e 22 de março, os que estão na faixa de 60 a 64 anos.

Os testes da Coronavac ainda estão sendo finalizados e ainda depende de autorização da Anvisa.

Além dessas duas vacinas, o Brasil também já sinalizou compras de doses da vacina da AstraZeneca e do consórcio Covax, coordenado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).