A evolução tecnológica tem sido constante. Atualmente, computadores são capazes de gerar cenários e personagens com tanta qualidade, que é quase imperceptível as cenas que não são reais.

É neste contexto que a tecnologia “deepfake” ganhou visibilidade. Trata-se do uso da inteligência artificial para substituir a imagem de uma pessoa por outra em um vídeo gravado.

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As principais dúvidas sobre essa nova tecnologia foram abordadas pela Business Insider e a seguir destacamos os principais pontos para que você saiba tudo sobre deepfake.

O que é um deepfake e como funciona?

É um termo que mistura as expressões “deep learning” e “fake”. Na prática, significa o uso de recursos da inteligência artificial para criar uma situação falsa. O deepfake permite substituir rostos em vídeos e imagens de maneira que fique o mais próximo possível da realidade.

Algoritmos são usados ​​para trocar faces em vídeo e conteúdo digital e, assim, criar uma mídia falsa, mas com aparência real. Existem vários métodos para criar um deepfake. A mais usada funciona assim: você pega um vídeo para usar como base. Depois, uma coleção de videoclipes da pessoa que deseja inserir no destino. Os vídeos não precisam ter nenhuma relação nem terem sido feito no mesmo lugar. Cabe à inteligência artificial, como o programa “autoencoder”, fazer a análise da imagens para encontrar as características comuns.

Como os deepfakes são usados?

Apesar dessa prática possibilitar o uso para situações benignas, como no cinema, por exemplo. Há quem use para ações não tão boas e até mesmo perigosas, como na divulgação de pornografia. No Brasil, a prefeitura de Quixadá (CE) denunciou um grupo que divulgou um vídeo na internet mostrando uma profissional da saúde supostamente vacinada contra a covid-19 com uma seringa vazia. O vídeo foi manipulado e a seringa parecia estar realmente vazia.

Veja o vídeo manipulado:

Os deepfakes são apenas vídeos?

Os deepfakes não se limitam apenas a vídeos. Eles também podem ser usados para alterar áudio com a substituição da voz de quem está falando. Pode ser aplicado de maneira positiva em jogos – programadores podem permitir que os personagens digam qualquer coisa em tempo real, em vez de depender de um conjunto limitado de scripts gravados antes do jogo ser publicado. Por outro lado, a partir do momento que o modelo de voz é feito, pode ser usado em qualquer situação, até mesmo para fraudes, como ocorreu com um CEO que teve um áudio falsa divulgado.

Como identificar um deepfake?

Assim como ocorre atualmente com a divulgação de fake news, os usuários devem ficar atentos aos vídeos falsos. Nem sempre é fácil identificar um deepfake, mas alguns pontos podem ser observados: fique de olho no rosto da pessoa, se ela nunca pisca ou pisca muitas vezes, pode ser o indício de algo errado; também procure problemas na pele, cabelo e rosto, que podem estar levemente desfocados; fique atento à iluminação, se ela não parece natural, desconfie;