SÃO PAULO (Reuters) – A produção de milho verão 2022/23 do centro-sul poderá atingir 23,72 milhões de toneladas, estimou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, com um corte em relação aos 24,9 milhões projetados em dezembro motivado pela estiagem no Rio Grande do Sul.

Apesar do recuo, a colheita ainda deve superar os 21,863 milhões de toneladas do ciclo anterior, quando o Sul do país foi atingido de maneira ainda mais severa pela seca.

A safra gaúcha atingida pela La Niña está estimada agora pela consultoria em 4,6 milhões de toneladas, aquém dos 5,8 milhões de toneladas projetados na estimativa anterior, mas ainda à frente dos 3,4 milhões de toneladas colhidos na safra verão 2021/22.

Para a segunda safra do cereal, a consultoria acredita em uma nova máxima histórica.

“A produção esperada para a safrinha deste ano é de 87,735 milhões de toneladas, um pouco abaixo dos 87,822 milhões de toneladas previstos no levantamento anterior, mas estabelecendo um novo recorde, ficando à frente dos 84,403 milhões de toneladas colhidos no ano passado”, disse em nota o analista da Safras Paulo Molinari.

A área de plantio da “safrinha” deve atingir 14,951 milhões de hectares, ante 14,974 milhões de hectares previstos em dezembro, mas superando os 14,809 milhões de hectares plantados em 2022.

Considerando mais 2,461 milhões de toneladas produzidos no Norte e Nordeste, a Safras informou que a produção nacional de milho tem potencial para atingir a marca histórica de 125,34 milhões de toneladas na temporada 2022/23.

“O volume será menor que os 126,6 milhões de toneladas apontados no levantamento anterior, mas irá superar os 120,2 milhões de toneladas colhidos na temporada 2021/22”, disse o analista.

(Reportagem de Nayara Figueiredo)

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