A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) teve lucro líquido de R$ 421,6 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 65,1% na comparação com o R$ 1,208 bilhão registrados um ano antes. No acumulado do ano, a Sabesp tem lucro líquido de R$ 141,8 milhões, queda de 93,9% ante igual período em 2019.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,513 bilhão, queda de 49,7% também na comparação anual. A margem Ebitda ajustada foi de 34,1%, ante 55,6% no terceiro trimestre de 2019.

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A receita operacional líquida da companhia de saneamento foi de R$ 4,438 bilhões no terceiro trimestre, recuo de 18% na comparação anual. No acumulado do ano até setembro, a Sabesp teve receita de R$ 11,105 bilhões, o que representou um declínio de 8,2% ante igual período de 2019. No trimestre, a receita de construção aumentou 50,6%, para R$ 1,053 bilhão. No acumulado do ano, houve alta de 30,3%, para R$ 2,594 bilhões.

Os custos, despesas administrativas e comerciais e custos de construção apresentaram um acréscimo de R$ 588,6 milhões (20,5%) entre julho e setembro. Desconsiderando os custos de construção, o acréscimo foi de R$ 242,6 milhões (11,1%). Em um ano, a participação dos custos, despesas administrativas e comerciais e custos de construção na receita líquida passou de 53% para 77,9% no terceiro trimestre.

Segundo a empresa, a instabilidade econômica, agravada pela covid-19, trouxe reflexos negativos para seus resultados, entre eles a redução de R$ 275 milhões nas receitas com clientes comerciais e industriais. Já a postergação do reajuste tarifário representou um impacto líquido estimado de R$ 65,6 milhões sobre a receita operacional. “A reposição deste impacto já foi autorizada pela Arsesp e iniciada em agosto de 2020”, ressalta a Sabesp no informe de resultados.

A isenção de pagamento dos clientes das categorias de uso “Residencial Social” e “Residencial Favela”, por sua vez, teve um impacto estimado no nível de inadimplência de R$ 51,6 milhões, elevando em R$ 75,1 milhões as perdas previstas com créditos de liquidação duvidosa.

No trimestre, segundo a companhia, também houve o reconhecimento de despesa relacionada ao encerramento de processos judiciais, não recorrente, devido à celebração de acordo com o município do Guarujá, no valor de R$ 46,9 milhões.