Maior sistema de reservatórios de São Paulo, o Cantareira segue em estado de restrição nesta quinta-feira (7), com 29,2% de sua capacidade total de água. Visando à contenção da crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou, em nota, que retira menos água do sistema.

A captação atual é de 23 m³/s, indicada à faixa de restrição, abaixo do limite estipulado em 27 m³/s, referente à faixa de alerta. De acordo com boletim da Agência Nacional de Águas (ANA), as definições das vazões do Cantareira neste mês de outubro serão da Faixa 3 – Alerta.

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A ANA considera a Faixa 3 devido à última medição realizada no mês de setembro. Se a queda no armazenamento de águas persistir neste mês, é possível que o Cantareira entre na faixa de restrição, de maneira oficial, a partir de novembro.

Mesmo ainda em fase de alerta, a Sabesp antecipou a redução da captação da água graças à integração com outros sistemas.

A Sabesp define as faixas de atenção dos reservatórios de acordo com o nível de água em relação à capacidade total:

– Igual ou maior que 60%: normal;
– Entre 40% e 60%: estado de atenção;
– Entre 30% e 40%: estado de alerta;
– Entre 20% e 30%: restrição.

O Cantareira opera abaixo dos 30% de reserva de água desde o último sábado (2), segundo a Sabesp. A empresa ampliou, no final de setembro, o horário de redução da pressão de água na região metropolitana de São Paulo: entre 21h e 5h. Casas que não tenham caixa d’água podem enfrentar interrupções no abastecimento de água.

O Cantareira é formado pelos reservatórios Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro. Os índices de medição de água são os piores desde 2016, no fim da última crise hídrica. O Canterira também faz parte do chamado Sistema Integrado, composto pelos mananciais Alto Tietê, Cotia, Guarapiranga, Rio Claro, Rio Grande e São Lourenço.