A companhia aérea de baixo custe irlandesa Ryanair anunciou, nesta quinta-feira (20), um acordo com seus pilotos na Espanha para reduzir seus salários em 20% com o objetivo de “minimizar” as demissões diante da redução dos voos provocada pela pandemia de coronavírus.

O acordo feito com o sindicato de pilotos Sepla para quatro anos inclui também a aplicação de “sistemas de trabalho flexível” que permitam maior produtividade.

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“Tudo isso permitirá minimizar as perdas de emprego dos pilotos espanhóis”, afirmou a companhia em um comunicado.

A Ryanair anunciou na segunda-feira uma redução de 20% de seus voos em setembro e outubro devido à queda das reservas provocada pelo aumento de casos na Europa.

Foram particularmente afetados as conexões com a França e Espanha, países incluídos na quarentena imposta pelo Reino Unido a passageiros procedentes de áreas com alta transmissão do vírus.

A companhia irlandesa explica que não conseguiu chegar a um acordo com os sindicatos da tripulação de cabine USO e Sitcpla, fazendo com que “a possibilidade da perda de empregos entre a tripulação de cabine espanhola seja agora mais real do que nunca”.

Para enfrentar a pandemia de coronavírus, a Ryanair anunciou um plano de reestruturação que contempla a supressão de 3.000 empregos em sua rede, 15% do total de sua força de trabalho.

A pandemia gerou perdas líquidas de 185 milhões de euros (219 milhões de dólares) para a companhia entre abril e junho.