A vacina russa Sputnik V tem sido motivos de discussões e debates no Brasil, especialmente depois que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu rejeitar a importação do imunizante.

Nesta sexta-feira (7) o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), disse a decisão da agência reguladora teria incomodados os russos, que pensaram até em sair do negócio, segundo o Valor Econômico. O laboratório tem contrato firmado com o Consórcio Nordeste, que é liderado pelo governador piauiense, para a aquisição de 37 milhões de doses.

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Dias afirmou, durante reunião com senadores e diretores da Anvisa, que a repercussão internacional da reunião da agência, na semana passada, foi muito negativa para o Sputnik V, que o contrato com 64 países, entre os quais Argentina e México.

Diante da repercussão negativa da reunião da agência reguladora, alguns governadores marcaram um encontro com o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch, e conseguiram evitar a rescisão do contrato.

O laboratório União Química, que representa a Sputnik V no Brasil, reconheceu a dificuldade em obter todas as informações técnicas solicitadas, muito por conta do perfil mais fechado da estrutura farmacêutica russa.