O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que seu comando militar coloque as forças com armas nucleares em alerta máximo neste domingo, enquanto combatentes ucranianos que defendem a cidade de Kharkiv disseram ter repelido um ataque de tropas invasoras russas.

A embaixadora dos Estados Unidos (EUA) na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, disse que “o presidente Putin continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável e temos que continuar a conter suas ações da maneira mais forte possível”.

No quarto dia do maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial, o gabinete do presidente ucraniano disse que as negociações entre Kiev e Moscou serão realizadas na fronteira bielorrussa-ucraniana. Eles se encontrariam sem pré-condições, dizia.

Milhares de civis ucranianos, principalmente mulheres e crianças, fugiram do ataque russo aos países vizinhos. A capital Kiev ainda está nas mãos do governo ucraniano, com o presidente Volodymyr Zelenskiy reunindo seu povo apesar do bombardeio russo.

+ Ucrânia diz controlar Kharkiv, enquanto número de refugidos se multiplica

Mas Putin, que descreveu a invasão como uma “operação militar especial”, colocou um novo elemento alarmante em ação no domingo, quando ordenou que as forças de dissuasão da Rússia – uma referência a unidades que incluem armas nucleares – estivessem em alerta máximo.

Ele citou declarações agressivas de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e sanções econômicas impostas pelo Ocidente contra Moscou. “Como você pode ver, não só os países ocidentais que tomam medidas hostis contra nosso país na dimensão econômica, mas também os altos funcionários dos principais países da Otan se permitem fazer declarações agressivas sobre o nosso país”, disse Putin, em entrevista na televisão estatal.

Os aliados ocidentais da Ucrânia aumentaram sua resposta à invasão terrestre, marítima e aérea da Rússia com uma proibição quase total às companhias aéreas russas que usam o espaço aéreo europeu. Nas sanções econômicas mais fortes até agora contra Moscou, os Estados Unidos e a Europa disseram no sábado que baniriam os grandes bancos russos do principal sistema global de pagamentos e anunciaram outras medidas destinadas a limitar o uso de reservas de US$ 630 bilhões do banco central por Moscou.