(Reuters) – A Rússia começará a trabalhar em sua própria missão a Marte, uma vez que a Agência Espacial Europeia (ESA) suspendeu um projeto conjunto após a invasão da Ucrânia por tropas russas, disse uma autoridade de alto escalão nesta sexta-feira, segundo a agência de notícias Interfax.

A ESA anunciou na quinta-feira que seria impossível continuar cooperando com a Rússia na missão ExoMars. Um foguete russo transportaria um veículo de exploração espacial de fabricação europeia para Marte neste ano.

“Em um futuro muito próximo, começaremos a trabalhar na implementação de uma missão a Marte”, disse Dmitry Rogozin, chefe da Roskosmos, a agência espacial da Rússia.

De acordo com a Interfax, ele afirmou que não achava que um veículo de exploração espacial seria necessário, uma vez que o módulo de pouso existente na Rússia, projetado para transportar o veículo, seria capaz de realizar o trabalho científico necessário.

Rogozin disse que há “grandes dúvidas” sobre o que a ESA poderia fazer sem a Rússia, que já tem um foguete, um local de lançamento e o módulo de pouso. A ESA precisaria de pelo menos seis anos para desenvolver seu próprio módulo, segundo ele.

Em resposta às sanções impostas pelo Ocidente à Russia, a Roskosmos suspendeu a cooperação com a Europa em lançamentos espaciais e anunciou que deixará de fornecer motores de foguete para os Estados Unidos.

(Reportagem de David Ljunggren)

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