A Rússia registrou ao menos 360 aeronaves de origem estrangeira desde o início de março deste ano, numa resposta as sanções impostas pelo Ocidente ao país.

O levantamento feito pela consultoria especializada IBA, mostrou também que a maioria desses registros ocorreram entre 13 e 18 de março, justamente quando as sanções contra a Rússia se tornaram mais duras.

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As aeronaves “tomadas” pela Rússia eram alugadas para empresas e empresários do país e tiveram os contratos foram cancelados. A posse russa desses aviões vai contra a legislação internacional, que impossibilita o registro de uma aeronave por um país sem a autorização do seu dono anterior.

Empresas atingidas

Ainda de acordo com a análise da IBA, a maior parte dos aviões estrangeiros registrados em solo russo são da companhia irlandesa AerCap, com 49 aeronaves “tomadas”. E o prejuízo poderia ter sido maior, pois a empresa conseguiu recuperar 22 jatos antes do início dos registros feitos pela Rússia.

Mesmo assim, a AerCap deu entrada em um pedido de resgate de US$ 3,5 bilhões (R$ 17 bilhões) junto a sua seguradora.

Também foram afetadas as americanas Air Lease Corporation e Carlyle Aviation Management, assim como a irlandesa SMBC Aviation Capital com a perda das suas aeronaves.

Segurança em risco

Como as sanções internacionais contra a Rússia impedem também o acesso à manutenção e peças sobressalentes produzidos no ocidente, a segurança dos voos no país pode ser uma preocupação. Com isso, o país comandado por Vladimir Putin pode ter que desmontar alguns aviões para tirar peças e tentar diminuir o impacto das sanções na atividade aérea.