Um importante hospital no reduto sírio rebelde da Ghuta Oriental ficou fora de serviço nesta terça-feira (20), segundo um grupo médio. Uma ONG atribuiu a ação aos bombardeios russos.

“O hospital de Arbin foi atacado duas vezes hoje e agora está fora de serviço”, declarou Musa Naffa, diretor na Jordânia da Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS), que apoia o centro médico.

A notícia é dada em um momento em que as Nações Unidas afirmaram que seis hospitais foram atacados na Ghuta Oriental nas últimas 48 horas, ao que se acrescenta agora o ataque mencionado pela SAMS.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) assinalou que o hospital de Arbin foi bombardeado duas vezes por aparatos russos, no que seria o sétimo caso em dois dias.

Segundo a ONG com sede em Londres, é a primeira vez em três meses que a Rússia realiza ataques na Ghuta Oriental, que no ano passado era chamada de “zona de distensão”.

Um fotógrafo da AFP viu em Arbin um caça-bombardeiro Sukhoi Su-43 sobrevoando a área.

A ONU informou que seis hospitais foram atacados nas últimas 48 horas na Ghuta Oriental e que três ficaram fora de serviço.

“Estou comovido e impactado com os relatórios de espantosos ataques contra seis hospitais na Ghuta Oriental nas últimas 48 horas”, declarou Panos Moumtzis, coordenador regional humanitário para a crise síria das Nações Unidas.

Ghuta Oriental é o último reduto rebelde nos arredores da capital, e o presidente sírio, Bashar al-Assad, parece mais determinado do que nunca a tomá-lo.

Cerca de 400 mil pessoas vivem nesta região sitiada.