O Kremlin afirmou, nesta quarta-feira (23), que resolveu os problemas detectados pelos inspetores da Organização Mundial da Saúde (OMS) em um dos centros de produção da vacina anticovid russa Sputnik V.

O serviço de pré-avaliação da OMS publicou hoje uma nota que lista alguns problemas encontrados em uma inspeção entre 31 de maio e 4 de junho em uma fábrica de produção de Pharmstandard – Ufa Vitamin na cidade de Ufa, ao sudoeste da Rússia.

A vacina Sputnik V já foi usada em 40 países, entre os quais estão também México, Argentina, Índia, Paquistão, Irã, Quênia e Argélia, entre outros, segundo dados coletados pela AFP.

Os inspectores constataram principalmente problemas nos dados de monitoramento do processo de fabricação e no controle de qualidade. Os problemas foram especificamente o controle de higiene do processo de fabricação e embalagem da vacina, assim como as medidas para evitar a contaminação e para garantir a rastreabilidade.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, explicou que há “algumas deficiências identificadas pelo grupo de inspeção e, pelo o que sabemos, foram avaliadas e tudo o que deveria mudar, mudou.”

“Obviamente, os controles necessários por parte dos órgãos de controles estão corretos. É evidente que se trata do controle mais rígido possível”, afirmou.

Contatada pela AFP, a OMS afirmou que “as comunicações foram estabelecidas com o fabricante em questão, com a empresa que iniciou a solicitação de homologação e com as autoridades reguladoras nacionais, para que os problemas detectados no relatório preliminar sejam analisados e solucionados o mais rápido possível”.

A autorização emergencial da OMS ajuda os países que não possuem os órgãos para determinarem sozinhos a eficácia e a segurança de um medicamento para obter um rápido acesso aos tratamentos.

Isso permitirá ao sistema Covax, lançado pela OMS com seus parceiros (a Aliança Mundial para as Vacinas e Imunização – Gavi – e a Coalizão para as Inovações em questão de preparação contra as epidemias), dispor de vacinas adicionais.