A Rumo deve seguir crescendo seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a um ritmo de dois dígitos ao longo dos próximos anos, como observado nos últimos anos. A companhia divulgou nesta terça-feira, 19, projeções de longo prazo que apontam para um aumento médio anual do Ebitda da ordem de R$ 15%, passando dos atuais R$ 3,2 bilhões para um patamar de R$ 6 bilhões em 2023.

O novo presidente da Rumo, Beto Abreu, que assume oficialmente a posição a partir de 1º de abril, destacou que esse crescimento será baseado na própria expansão do mercado, mas também em esperados ganhos de participação.

Ele destacou, por exemplo, a expectativa da produção em Mato Grosso, que tem previsão de forte expansão, mantendo uma perspectiva de que 70% se mantenha destinada para exportação. “É mercado que cresce e vamos procurar participação mais forte, mas para isso precisamos ganhar capacidade operacional”, disse, citando planos no chamado eixo norte, onde a companhia planeja a construção de um terminal e vislumbra um trecho adicional de ramal ferroviário.

Para fazer frente a esse crescimento esperado, no eixo Norte e em outras frentes, a companhia divulgou um plano de investimentos de R$ 13 bilhões a R$ 15 bilhões até 2019. No que diz respeito ao eixo Norte, Abreu destacou que o plano atual leva em consideração apenas os desembolsos para a construção do terminal, que já está definido, e também em material rodante, para fazer frente ao crescimento de mercado.

Analistas presentes questionaram o nível de investimentos projetado para o futuro, tendo em vista a expectativa do mercado de que o volume de aportes cairia nos próximos anos, após um forte ciclo nos últimos anos.

O presidente da Cosan, Marcos Lutz, salientou que o plano anterior de longo prazo apontou para um investimento recorrente histórico abaixo de R$ 1 bilhão, mas “boas notícias” propiciaram investimentos adicionais que a Rumo pode fazer com “alto retorno e baixo risco”.