Quem está vencendo a batalha entre robôs e humanos? Pesquisa realizada pela MA8 Consulting não pretende responder a essa pergunta, mas mostra um pouco do panorama da convivência entre homem e máquina. A sondagem revela que os brasileiros estão cada vez mais habituados com novidades tecnológicas, ao mesmo tempo em que desconfiam quando envolvem segurança e relações interpessoais e profissionais. Dos 1.435 entrevistados (54% com pós-graduação e 35% com curso superior completo), 61% consideram-se familiarizados com inteligência artificial. Porém, 62% disseram confiar apenas parcialmente a gestão da sua vida pessoal (como finanças, contas a pagar, agenda de compromissos) a uma ferramenta de IA. A consultoria também indagou se as pessoas aceitariam convite para fazer uma viagem de São Paulo a Curitiba (400 quilômetros) em um carro autônomo (sem motorista) sentadas no banco traseiro do veículo: 44% não aceitariam, 21% talvez sim, dependendo da marca, e 30% iriam. Outra questão levantada foi quem escolheriam para realizar uma microcirurgia cerebral de emergência que pudesse salvar sua vida: com um médico no Brasil ou com um robô autônomo nos Estados Unidos? Para 51%, a resposta foi com um profissional humano. “Existe certa consciência de que o limite da inteligência artificial pode chegar somente até às fronteiras da inteligência emocional”, afirma Orlando Merluzzi, CEO da MA8 Consulting, responsável pelo levantamento.

 

Fabio X

(Nota publicada na edição 1161 da Revista Dinheiro)