Em plena pandemia, a Robinson Crusoe, indústria brasileira da área de pescados em conserva, registra investimento acumulado de mais de R$ 50 milhões nos últimos dois anos e projeta resultados positivos para 2021. Desse total, pelo menos R$ 25 milhões foram destinados à implantação da fábrica de envases metálicos, anexa à unidade na qual são produzidas as conservas de atum e sardinha. A nova fábrica está preparada para produzir envases metálicos  para sardinha e atum. A expectativa é de que 100 milhões de latas poderão ser produzidas anualmente.

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O investimento para a instalação da nova unidade permite uma redução de custos na produção de envases para atum (25%) e para sardinha (entre 15% a 20%). A sardinha representa 50% das vendas totais da Robinson Crusoe (nacional e exportação); o atum, os demais 50%. “Essa redução de custo possibilita equilibrar as contas da companhia, que registra alta na compra de matérias-primas, investimento em mão de obra e protocolos a cumprir, referentes à Covid-19”, diz o diretor de controladoria da Robinson Crusoe, Fernando Botelho.

As vendas no mercado interno, até agosto, em comparação a igual período de 2020, tiveram alta de 30%. O crescimento poderia ser ainda maior, se não fossem os problemas com importação de sardinhas.

Os produtos da empresa são apreciados por todo território nacional, que está de olho em crescer em algumas regiões estratégicas. São Paulo, por exemplo, com mercado bastante acirrado, é prioridade para a empresa 

Exportação – A Robinson Crusoe é uma das principais exportadoras de pescados do Brasil. As vendas externas representam 31% do faturamento da companhia, que vende para Estados Unidos, Chile, Venezuela, República Dominicana, dentre outros. De acordo com o Ministério da Economia, em  2020, o total de exportações de atum do Ceará chegou a US$ 7,8 milhões – ultrapassou o Rio Grande do Norte, com US$ 6,2 milhões, que costuma ser líder no levantamento do governo.