O economista Roberto Campos Neto, executivo do banco Santander, foi indicado para comandar o Banco Central no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. A informação teria partido da equipe encarregada da transição de governo.

Roberto Campos Neto esteve no escritório de transição montado no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) na última terça-feira, 13, e reuniu-se com Guedes por cerca de uma hora. Saiu sem falar com a imprensa. Naquela mesma noite, um integrante da equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, teceu muitos elogios ao economista. Ele é neto do liberal Roberto Campos e próximo a Guedes.

Mais cedo, a assessoria do economista Paulo Guedes, futuro ministro da economia do governo de Jair Bolsonaro, informou que a escolha do nome para comandar o Banco Central estava em fase final de definição e, assim que confirmada, seria devidamente anunciada.

Transição

Guedes e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, declararam em diversas ocasiões que tinham o desejo de manter o atual presidente do BC no cargo, mas também era de conhecimento público que eles chegaram a trabalhar com cinco opções para substituí-lo.

O que se dizia em Brasília é que a permanência de Ilan no cargo em 2019 dependia da aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, atualmente em tramitação na Câmara. O principal ponto da proposta é a definição de mandatos fixos para os dirigentes do BC a partir de março de 2020.