Por que a Hashdex decidiu lançar um fundo na Suíça?
A Hashdex é a maior gestora de criptoativos da América Latina e decidiu listar seu primeiro Exchange Trade Product (ETP) de criptoativos na Europa. O objetivo é auxiliar investidores a obter uma exposição segura e diversificada neste mercado. Nosso primeiro produto, o HASH11, segue o índice Nasdaq, nossa parceira global. Estamos fazendo o mesmo na Europa.

Como é esse produto?
É um fundo listado em bolsa. É semelhante a um Exchange Trade Fund (ETF), com a diferença que ele é estruturado como se fosse uma dívida. Está baseado no Nasdaq Crypto Index Europe ETP. Nosso produto oferece beta. Ou seja, segue um índice de mercado e não tenta superá-lo. É diferente dos produtos que oferecem alfa, e que visam bater indicadores.

Por que a Suíça?
A Suíça oferece várias vantagens. É um dos países mais amigáveis para os criptoativos. Há até uma região chamada Cripto Valley. Tem um ambiente regulatório favorável, o que vai nos ajudar a expandir o portfólio de produtos e fazer daqui um hub para o resto da Europa. A SIX Swiss Exchange é o principal mercado de ações suíço. Criamos produtos dentro desse ambiente regulado, que dá ao investidor o acesso e a segurança do mercado de capitais. Tudo de forma simples e segura para o investidor.

Como vê os avanços regulatórios desse mercado no Brasil?
Estamos acompanhando essas mudanças atentamente. O Brasil é um dos países que mais vem avançando na regulação de criptoativos. Montamos uma estrutura que pode impulsionar ainda mais os produtos. O segundo maior ETF negociado na B3 é o da Hashdex. Os reguladores brasileiros buscam aumentar a segurança aos investidores e tornar mais difícil que eles caiam em golpes.

Quanto a Hashdex planeja movimentar?
O ETP que começa agora na Europa nasce com US$ 20 milhões. Mas a Hashdex já tem mais de US$ 1 bilhão sob gestão e 260 mil cotistas. Somos a maior gestora de criptomoedas da América Latina. Começamos o trabalho há três anos no Brasil e achamos que há muito mais espaço para crescer aqui no mercado brasileiro.

NOTAS

J&F COMPRA GESTORA DE RECURSOS
A J&F, holding da família Batista que controla a JBS, adquiriu a gestora de recursos Lecca. Fundada em 1975 como uma consultoria, a empresa atua desde 1981 na gestão de recursos, e tornou-se uma financeira em 1993. No balanço referente ao primeiro semestre, a Lecca obteve receitas de R$ 14 milhões e registrou um prejuízo de R$ 110 mil. A holding J&F possui outras empresas financeiras, como o banco Original e a companhia de pagamentos PicPay.

BRADESCO LANÇA FUNDOS LIGADOS À INFLAÇÃO
A empresa de gestão de recursos do Bradesco lançou dois fundos indexados à inflação. A estratégia é superar o índice IMA-B5, que mede a remuneração dos títulos Tesouro IPCA com prazo de até cinco anos. Os dois produtos permitem liquidez após 30 dias. Os fundos são o Bradesco Crédito Privado Inflação, que cobra 0,35% de taxa de administração e tem aplicação mínima de R$ 10 mil, e o Bradesco Debêntures Incentivadas Inflação, que cobra 0,50% de taxa de administração e com aplicação mínima de R$ 100.

VEEDHA ATINGE R$ 7 BILHÕES EM ATIVOS
A Veedha Investimentos, ligada à XP, vai bater R$ 7 bilhões em ativos sob custódia. A empresa foi fundada em 2017 por sete profissionais de private bank e atualmente emprega 120 agentes. A contratação mais recente foi de João Albino Winkelmann, ex-diretor de private bank do Bradesco. A meta da companhia, segundo o presidente Rodrigo Marcatti, é chegar a R$ 10 bilhões em ativos até o fim de 2023.

EM ALTA
24,1% 

Foi a alta das vendas do varejo brasileiro em março na comparação com o mesmo período de 2021, segundo o indicador de consumo Mastercard SpendingPulse. O crescimento em comparação com o mesmo mês de 2020, o início da pandemia, foi ainda mais forte, com salto de 42,2%. As vendas on-line cresceram 21,8% em relação a 2021. O Mastercard SpendingPulse mede as vendas de varejo presenciais e on-line considerando todas as formas de pagamento.

EM BAIXA
6,4 pontos 

Foi a queda do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice recuou para 114,9 pontos em abril. Foi o menor nível desde os 112,9 pontos registrados em janeiro de 2020, período anterior à pandemia. Segundo a FGV, a queda na incerteza deveu-se a uma visão menos pessimista do impacto potencial de curto prazo do conflito entre a Rússia e a Ucrânia sobre a economia brasileira.