O reajuste da passagem dos trens urbanos da Região Metropolitana do Rio, inicialmente previsto para entrar em vigor em 2 de fevereiro, será adiado, informou nesta terça-feira, 26, a Secretaria de Estado de Transportes. Hoje, a passagem custa R$ 4,70 nos trens operados pela concessionária SuperVia.

Segundo a empresa, a agência reguladora estadual já havia autorizado aumento para R$ 5,90, com base no contrato de concessão, que usa o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) como índice de correção para o valor da tarifa. Só que o governo estadual negociou com a concessionária um adiamento, por cerca de 20 dias, na data de entrada em vigor da nova tarifa.

“Durante esse período, o governo pretende assinar um termo aditivo ao contrato de concessão para instituir um valor mais adequado ao atual cenário socioeconômico, em virtude da pandemia. O objetivo dessa negociação é diminuir o impacto para o usuário, observando o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”, informou, em nota, a Secretaria de Estado de Transportes.

A concessionária SuperVia confirmou, também em nota, que “está em permanente contato com o Governo do Estado do Rio”, com o objetivo de “avaliar as medidas possíveis sobre o reajuste da passagem, preservando as características do Contrato de Concessão e garantindo o equilíbrio econômico financeiro da concessionária”.

“A SuperVia lembra ainda que, em função da pandemia do coronavírus, desde março de 2020 acumula uma perda financeira de R$ 315 milhões resultado da redução de 72,4 milhões de passageiros no período. A concessionária, assim como os outros modais de transporte público do Rio de Janeiro, depende exclusivamente da venda das passagens para dar continuidade à prestação do serviço e não conta com qualquer subsídio do governo”, diz a nota da concessionária.

Para piorar, a operadora dos trens urbanos informou que revisou suas expectativas em relação à retomada da demanda aos níveis anteriores à pandemia. Inicialmente, havia a expectativa de recuperação completa do fluxo de passageiros no segundo semestre deste ano. “Mas a crise econômica do país e o aprofundamento da crise no Rio de Janeiro alteraram a previsão para a retomada da demanda, que agora deve ocorrer apenas no final de 2022 ou início de 2023”, diz a nota da SuperVia.