O lucro líquido da Eletrobras recuou 11% em 2021 frente ao ano anterior, para R$ 5,7 bilhões. Apesar disso, a geração de caixa medida pelo Ebitda recorrente ficou em R$ 19 bilhões, aumento de 35% ante 2020. A estatal, responsável por 28% da geração da energia elétrica do Brasil e que detém cerca de 40% das linhas de transmissão, informou que a repactuação do risco hidrológico em R$ 2,4 bilhões prejudicou seu resultado. A receita operacional líquida subiu 27% no ano contra ano, totalizando R$ 11,5 bilhões no quarto trimestre. Outra que sentiu a pressão hídrica foi a Eneva. Seu lucro líquido caiu 28,7% para R$ 489,4 milhões no quarto trimestre. A piora no resultado foi decorrente do aumento da despesa financeira no último trimestre de 2021 e de fatores não recorrentes. Já a CPFL anunciou um lucro líquido 34,5% maior, de R$ 1,3 bilhão, no quarto trimestre. No acumulado de 2021, o crescimento foi de 42,3%, totalizando R$ 4 bilhões. A companhia vai propor a distribuição de R$ 4,5 bilhões em dividendos, correspondentes a R$ 3,94 por ação.

HOLDINGS
Ganhos da Itaúsa sobem 73% em 2021

Depois de registrar lucro líquido 73% maior em 2021, de R$ 12,2 bilhões, a Itaúsa irá antecipar o pagamento de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas. O Conselho da holding, que controla o Itaú Unibanco e as empresas Dexco e Alpargatas, aprovou o pagamento de R$ 1 bilhão até o dia 29 de dezembro de 2023. O valor por ação será de R$ 0,11337. Com a retenção de 15% de imposto de renda na fonte, o pagamento líquido será de cerca de R$ 0,096 por ação. Para o primeiro trimestre de 2022, a empresa já poderá contabilizar lucro não recorrente de R$ 1,8 bilhão devido à venda de 2,14% de participação na XP.

VEÍCULOS
Economia melhora resultado da Unidas

A recuperação econômica beneficiou os resultados de 2021 da Unidas. O lucro líquido consolidado subiu 153% em relação a 2020, batendo recorde de R$ 1 bilhão. O crescimento na receita líquida foi de 14,1%, para R$ 6,3 bilhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda também foi recorde de R$ 2,4 bilhões em 2021, elevação de 80,2%. O forte crescimento das divisões de aluguel e de vendas dos seminovos impulsionaram os resultados. No último trimestre, o lucro subiu 40,5% para R$ 276,9 milhões e o Ebitda teve alta de 55,1%, para R$ 722,5 milhões ante igual período de 2020.

ALIMENTO
Custos em alta na M. Dias Branco

Os custos maiores pressionaram os resultados da M. Dias Branco no último trimestre do ano de 2021. A fabricante de biscoitos e massas secas reportou queda de 27,7% no lucro líquido para R$ 151,1 milhões no trimestre. A receita líquida chegou a R$ 2,2 bilhões no trimestre, alta de 27,2% em relação ao quarto trimestre de 2020. O resultado levou em consideração os números da Latinex, companhia adquirida no fim do ano passado. No acumulado do ano, a receita da empresa chegou a R$ 7,8 bilhões, alta de 7,7%. Já o lucro do ano sofreu queda de 33,9%, encerrando 2021 em R$ 505 milhões.

DESTAQUE NO PREGÃO
JBS tem lucro recorde
de R$ 20,5 bilhões

Anna Carolina Negri

O aumento da demanda mundial por carnes quadruplicou os ganhos da JBS em 2021, atingindo R$ 20,5 bilhões, ante os R$ 4,6 bilhões de 2020. A maior produtora mundial de proteína animal e alimentos processados, comandada por Gilberto Tomazoni, faturou R$ 350,7 bilhões, crescimento de 29,8%. No consolidado de 2021, a geração de caixa medida pelo Ebitda aumentou 54,5%. As operações dos Estados Unidos (JBS Beef e Pilgrim’s Pride) ajudaram a impulsionar o resultado da companhia, respondendo por 60% do Ebitda total. Só no último trimestre de 2021, a JBS lucrou mais que em todo o ano de 2020, atingindo R$ 6,4 bilhões, 61% acima de igual período do ano anterior. A receita líquida consolidada do quarto trimestre foi de R$ 97,2 bilhões, alta de 27,8% em relação ao quarto trimestre de 2020 e 4,9% acima do terceiro trimestre de 2021.