A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a fragmentação é ameaça inerente a uma união monetária “imperfeita” como a zona do euro, que não dispõe de integração fiscal, bancária e de mercados de capital. Ainda assim, a dirigente explicou que, sempre que houver problemas na transmissão da política monetária, o BC precisa agir.

Fragmentação é o fenômeno no qual os custos de empréstimos em economias endividadas avançam em ritmo muito mais forte que os de países mais fiscalmente sólidos.

No início deste mês, o BCE anunciou que trabalharia para construir um instrumento que lide com essa questão. Durante o evento organizado pela instituição nesta quarta-feira, Lagarde explicou que o programa será considerado pelo Conselho do BCE na reunião de julho de política monetária.

A dirigente acrescentou que é “apropriado” mover gradualmente com a normalização monetária em momentos de “incertezas”, mas sempre com flexibilidade.

Ela lembrou que o BCE “indicou claramente” o que fará em julho e setembro, quando deve elevar juros.

Na visão dela, a política fiscal, neste momento, deve ser focalizada em apoiar os mais vulneráveis, deixando o caráter mais generalizado observado durante a pandemia.