Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – Uma medida do risco-país subiu nesta quinta-feira ao maior nível em mais de seis meses, num dia de forte turbulência nos mercados financeiros brasileiros diante do pavor de descontrole das contas públicas.

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O CDS de cinco anos do Brasil bateu 211,200 pontos-base, ante 210,710 pontos-base da véspera, indo ao patamar mais alto desde 14 de abril (214,27 pontos-base).

O CDS é um derivativo que funciona como uma espécie de seguro contra calote de uma dívida –seja soberana ou corporativa– e tem precificação baseada no risco de base dos Treasuries, os títulos do governo dos EUA, considerados o ativo mais seguro do mundo.

O dólar futuro já beira 5,70 reais, as taxas dos contratos futuros de juros negociados na B3 saltavam até 90 pontos-base e o Ibovespa afundava 4,6%, com o mercado descontando nos preços uma acentuada deterioração na percepção de risco fiscal conforme o governo busca furar o teto de gastos, o que, para investidores, coloca em risco a trajetória da dívida pública.

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