No mesmo dia em que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), demonstrou preocupação com o número de contaminados pela covid-19 na cidade e disse que pode retomar medidas mais restritivas se os números de casos graves e de mortes pela doença aumentarem, a Riotur (empresa municipal de turismo) começou a distribuir nesta sexta-feira, 20, o caderno de encargos para empresas interessadas em organizar os desfiles de blocos de rua durante o carnaval de 2022.

A Riotur prevê o desfile de até 500 blocos ao longo de 39 dias, entre 27 de janeiro e 6 de março. De 26 de fevereiro a 1º de março (sábado a terça-feira de carnaval) devem acontecer cerca de 60 desfiles por dia, estima a prefeitura, que se baseou nos dados do carnaval de 2020.

O caderno de encargos ressalva que o evento pode até não acontecer, caso as autoridades de saúde pública assim determinem, e outra possibilidade é que a data de início seja alterada. “A efetiva realização do evento será condicionada às determinações estabelecidas pelos órgãos competentes, no combate à Covid-19, ante a responsabilidade social, inclusive com a possibilidade de alteração da data de início do evento”, diz o texto.

O caderno de encargos é uma lista de exigências feita pela Riotur para contratar uma empresa ou consórcio de empresas que ficará encarregada da operacionalização, produção, instalação, montagem, manutenção e remoção dos equipamentos e de toda a infraestrutura necessária para a realização dos desfiles. Está prevista, por exemplo, a oferta de pelo menos 34 mil posições de banheiros químicos. Essa empresa ou consórcio poderá firmar contrato com até cinco empresas patrocinadoras.

As empresas interessadas deverão entregar suas propostas à Riotur até o dia 21 de setembro – data em que, devido à pandemia, provavelmente ainda não haverá garantia de que o evento será realizado na data prevista.