A Rio Tinto acompanha de perto os problemas na produção de minério de ferro no Brasil para determinar se irá acelerar qualquer projeto para elevar sua própria produção e deve ter uma ideia mais clara disso até o fim deste ano, afirmou o executivo-chefe da mineradora, Jean-Sebastien Jacques.

As exportações do ingrediente do aço do Brasil, um dos maiores produtores de minério de ferro, têm recuado conforme a gigante Vale corta produção, após o desastre mortífero do rompimento da barragem de Brumadinho em janeiro. “Há muita incerteza em relação à Vale. Nós não sabemos o que o regulador fará no Brasil”, comentou Jacques a repórteres, após reunião anual dos acionistas na Austrália. “Até o fim deste ano, nós teremos uma avaliação melhor do equilíbrio entre a oferta e a demanda e se faz sentido avançar mais ou não.”

O executivo comentou que a mineradora anglo-australiana tem uma série de alternativas, em sua rede de 16 minas de minério de ferro no noroeste da Austrália. Uma delas é acelerar a segunda fase de uma nova mina de minério de ferro de US$ 2,6 bilhões na região do Outback australiano que será a mais tecnológica existente até agora.

Os preços do minério de ferro tiveram altas com os problemas da produção da Vale. Em março, a companhia brasileira disse esperar vendas mínimas em 2019 de 307 milhões de toneladas, de 309 milhões de toneladas no ano passado. Antes, ela projetava 382 milhões de toneladas.

A Rio Tinto, contudo, enfrenta alguns problemas operacionais. Ela recentemente reduziu sua meta para a produção de minério de ferro em 2019, após um ciclone e um incêndio prejudicarem operações na Austrália. Ainda assim, os preços altos do minério de ferro levaram para cima o preço da ação da empresa, que atingiu no mês passado máxima desde 2008. Fonte: Dow Jones Newswires.