A cidade do Rio de Janeiro sediará a edição de 2022 do Campeonato Mundial de Bocha Paralímpica. O anúncio foi feito pela federação internacional da modalidade (BISFed, sigla em inglês) nesta quarta-feira (27), por meio de uma live. A capital fluminense superou a concorrência dos munícipios como Portimão (Portugal) e Sevilha (Espanha).

O evento será no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, entre 4 e 12 de agosto de 2022. A expectativa é que mais de 170 atletas participem do campeonato, que terá 11 disputas por medalhas. Será usada a estrutura das Arenas Carioca 1 (jogos) e 2 (aquecimento) – na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, a bocha reuniu 104 jogadores e somente a Arena Carioca 2 foi utilizada. Além disso, como já ocorrerá este ano nos Jogos de Tóquio (Japão), o Mundial terá chaves individuais masculinas e femininas. Até a Rio 2016, homens e mulheres competiam juntos.

Para Evelyn Oliveira, medalha de outro na classe BC3 da bocha paralímpica,  evento no Rio de Janeiro contribui para a valorização do paradesporto – Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados

“É uma competição importante ao esporte paralímpico e, em especial, à bocha, que é voltada a pessoas com deficiências mais severas. Entendo que eventos como esse ajudam na valorização do paradesporto e, sobretudo, a desenvolver as modalidades. Apesar de ser um torneio de menor porte [que a Paralimpíada], é a oportunidade de construir um novo legado de visibilidade”, destacou Evelyn Oliveira, campeã paralímpica da bocha na Rio 2016.

É a segunda vez que o Rio receberá o Mundial. A primeira foi em 2006, quando o torneio foi realizado na praia de Copacabana, na zona sul da cidade. Lisboa (Portugal), Pequim (China) e Liverpool (Inglaterra) abrigaram as edições de 2010, 2014 e 2018, respectivamente.

“O Mundial que organizamos em 2006 foi histórico e nossa ideia é fazer um evento melhor que aquele, que fique marcado na memória das pessoas que vivem a bocha paralímpica. Há muita coisa a ser feita, mas estamos trabalhando e muito felizes”, comemorou Artur Cruz, presidente da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande), entidade responsável pela modalidade no país.